Este artigo analisa os reflexos do treinamento operacional em ambiente de manufatura automatizado. A pesquisa tem caráter qualitativo, apoiada em análises documental e bibliográfica, e em entrevista semi-estruturada com o coordenador da operação. Observou-se o desempenho de um grupo de 35 operadores de máquinas de laminação a quente, a partir dos indicadores de produtividade, adotados pela empresa para todas as subsidiárias, em nível global. Os dados coletados referem-se ao primeiro semestre de 2005, ou seja, antes da aplicação do treinamento, e ao segundo semestre de 2005, ou seja, após a aplicação do treinamento. O treinamento ocorreu em julho de 2005, durante a parada prevista para manutenção das máquinas. Os dados operacionais obtidos são comparados aos indicadores de produtividade, definidos como padrão para a operação. Os resultados da pesquisa evidenciam que houve pouca influência do treinamento aplicado aos operadores sobre o desempenho dos principais indicadores, antes e após treinamento. Conclui-se que a homogeneidade do grupo, tempo e experiência na função são os principais responsáveis pelo alcance dos índices corporativos.

This paper aims to discuss the effectiveness of training initiatives in a high automatized manufacturing environment. The research procedures are based on documental analysis supported by a bibliographical research. It was performed a semi-structured interview with the operations coordinator in order to identify probable causes of variability in the manufacturing process It was identified a cluster of corporative productivity parameters which allowed to compare the results obtained in the first semester of 2005 to the results obtained in the second semester of the same year. Training actions were performed in July/2005. Real performance has been compared to the maximum limits, according to the corporative standards. Reductions causes are not seen as a consequence of the training applied but are most likely due to externalities conditions. Conclusions point out an existing operational improvement limit, which can be mostly defined by physical conditions than by human capabilities development.