Tecnologia em Metalurgia, Materiais e Mineração
https://tecnologiammm.com.br/article/doi/10.4322/2176-1523.20191785
Tecnologia em Metalurgia, Materiais e Mineração
Artigo Original

CARACTERIZAÇÃO DE SERPENTINITO ANTES E APÓS CALCINAÇÃO A 1200ºC

CHARACTERIZATION OF SERPENTINITE BEFORE AND AFTER CALCINATIONAT 1200ºC

Leandro Ferreira, Paulo Roberto Gomes Brandão, Ottavio Raul Domenico Riberti Carmignano

Downloads: 0
Views: 1171

Resumo

Este trabalho caracterizou uma amostra de serpentinito in natura e após calcinação em forno mufla a 1200ºC. Foram utilizadas as técnicas analíticas: análise química, difratometria de raios-X (DRX), microestruturas por MEV e EDS. A DRX confirmou os minerais filossilicatos, lizardita e talco, como os principais constituintes desta amostra, e a magnetita em menor quantidade. Foi feita termogravimetria (TG e DTG) até 1450ºC e os resultados mostraram uma perda de massa total de 12,15%, além de dois picos: da lizardita a 645ºC e do talco a 729ºC. Para analisar as fases ricas em ferro, utilizou-se a espectroscopia Mössbauer, com espectros registrados à temperatura ambiente. Além disso, a amostra calcinada foi também analisada na temperatura muito baixa de 25K. Estes resultados completaram a composição de fases, com a diminuição da quantidade de magnetita e a presença significativa de magnesioferrita. As fases dominantes foram forsterita e enstatita, ambas contendo ferro na composição. Pela análise microestrutural, observou-se a mudança morfológica das partículas, com diminuição expressiva das fibras finas, para formas mais arredondadas de bastonetes indicando o início do processo de sinterização.

Palavras-chave

Microestrutura; Caracterização mineralógica; Serpentinito; Calcinação

Abstract

This work has characterized an original serpentinite sample and after calcination in a muffle furnace at 1200ºC. Analytical techniques were used: chemical analysis, X-ray diffractometry (XRD), microstructures by SEM and EDS. The XRD confirmed the phyllosilicate minerals, lizardite and talc, as the main constituents of this sample, and magnetite in a smaller quantity. Thermogravimetry (TG and DTG) was performed up to 1450ºC and the results showed a total mass loss of 12.15%, in addition to two peaks: lizardite at 645ºC and talc at 729ºC.To analyze the ferrous phases, Mössbauer spectroscopy was used, with spectra recorded at room temperature. In addition, the calcined sample was also analyzed at the very low temperature of 25K. These results have confirmed the phase composition, with the decreasing amount of magnetite and the significant presence of magnesioferrite. The dominant phases were forsterite and enstatite, both containing iron in their composition. By microstructure analysis, the morphological change of the particles was observed, with an expressive decrease of the fine fibers, for more rounded rod-like shapes indicating the beginning of the sintering process.

Keywords

Microstructure; Mineralogical characterization; Serpentinite; Calcination.

Referências

1 Ismael IS, Hassan MS. Characterizations of some Egyptian serpentinite used as ornamental stones. Chinese Journal of Geochemistry. 2007;27(2):140-149.

2 Chittenden ET, Stanton DJ, Watson J, Dodson KJ. Serpentine and dunite as magnesium fertiliser. New Zealand Journal of Agricultural Research. 1967;10(1):160-171.

3 Susaki K. Estudo Prospectivo do Setor Siderúrgico - NT Fundentes e escorificantes – situação atual com tendências 2025. São Paulo: Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE)/ABM; 2008. 26 p.

4 Pereira JG. Avaliação da utilização de diferentes materiais para diminuição da tendência de colagem de pelotas durante o processo de redução direta [Dissertação]. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais; 2012.

5 Cheng TW, Ding YC, Chiu JP. A study of synthetic forsterite refractory materials using waste serpentine cutting. Minerals Engineering. 2002;15:271-275.

6 Fernandes VMT. Petrogênese e geoquímica de rochas metaultramáficas e máficas do corpo córrego dos boiadeiros, Grupo Nova Lima, Quadrilátero Ferrífero, MG [Dissertação]. Ouro Preto: Departamento de Geologia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto; 2016.

7 Gualtieri AF, Giacobbe C, Viti C. The dehydroxylation of serpentine group minerals. The American Mineralogist. 2012;97(4):666-680.

8 Deer WA, Howie RA, Zussman J. An introduction to the rock-forming minerals. 2nd ed. Essex, England: Longman Scientific &Technical; 1992. 696 p.

5d9cda0d0e8825127bc1205a tmm Articles
Links & Downloads

Tecnol. Metal. Mater. Min.

Share this page
Page Sections