A Lei da Inovação e a Interação Universidade Empresa
Rizzo, Fernando
http://dx.doi.org/10.4322/tmm.00203000
Tecnol. Metal. Mater., vol.2, n3, p.0, 2006
Um dos fatores essenciais para o crescimento sustentado de um país, nos dias de hoje, é acompetitividade de seus produtos e processos, a qual está diretamente associada à capacidade de inovação tecnológica de seu setor produtivo. Nas últimas décadas, o Brasil desenvolveu um sólido sistema de pós-graduação e pesquisa, o qual tem gerado um significativo contingente de mestres e doutores, além de uma expressiva produção científica, que o coloca entre os países com maior número de publicações em periódicos indexados de circulação internacional. Por outro lado, o número de patentes produzido no país é extremamente modesto, principalmente se comparado com outras nações emergentes. Entre as inúmeras causas deste contraste, pode-se citar a contribuição ainda pequena da indústria na geração de inovação tecnológica.
Nos países que lideram o desenvolvimento tecnológico, 80% dos doutores estão empregados na indústria, enquanto cerca de 20% atuam em universidades e centros de pesquisa. No Brasil, por outro lado, a proporção é inversa, e aproximadamente 80% dos doutores estão empregados em universidades e centros de pesquisa. Sendo a indústria o local onde a inovação deve ser majoritariamente produzida, pode-se compreender, a partir destes números, a participação acanhada de nosso país na geração de inovação tecnológica. A Lei da Inovação recentemente aprovada deve estimular a absorção de um maior número de doutores nas empresas, permitindo que o país gradualmente estabeleça uma proporção adequada destes profissionais no setor produtivo. Paralelamente, programas de formação de doutores nos quadros atuais das indústrias, devem resultar num significativo aumento da interação universidade-empresa, com reflexos positivos para todo o desenvolvimento tecnológico do país, a exemplo do que ocorreu na década de 70, durante a implantação dos programas de pós-graduação.
Para as empresas do setor de Metalurgia e Materiais, principalmente para aquelas que atuam globalmente, esta interação já ocorre de forma intensa. No entanto, será uma oportunidade adicional para o fortalecimento de seu quadro de profissionais, assim como para a busca de novos patamares de atuação.
Dentro deste contexto, é gratificante observar que a maioria dos artigos publicados na presente edição da TMM é fruto da interação entre os meios acadêmico e industrial. Cobrindo tópicos bastante diversos, que abrangem processos, produtos e aplicações em diferentes áreas, a revista ilustra o potencial já existente em nosso setor para contribuir com a nova política industrial do país.
Nos países que lideram o desenvolvimento tecnológico, 80% dos doutores estão empregados na indústria, enquanto cerca de 20% atuam em universidades e centros de pesquisa. No Brasil, por outro lado, a proporção é inversa, e aproximadamente 80% dos doutores estão empregados em universidades e centros de pesquisa. Sendo a indústria o local onde a inovação deve ser majoritariamente produzida, pode-se compreender, a partir destes números, a participação acanhada de nosso país na geração de inovação tecnológica. A Lei da Inovação recentemente aprovada deve estimular a absorção de um maior número de doutores nas empresas, permitindo que o país gradualmente estabeleça uma proporção adequada destes profissionais no setor produtivo. Paralelamente, programas de formação de doutores nos quadros atuais das indústrias, devem resultar num significativo aumento da interação universidade-empresa, com reflexos positivos para todo o desenvolvimento tecnológico do país, a exemplo do que ocorreu na década de 70, durante a implantação dos programas de pós-graduação.
Para as empresas do setor de Metalurgia e Materiais, principalmente para aquelas que atuam globalmente, esta interação já ocorre de forma intensa. No entanto, será uma oportunidade adicional para o fortalecimento de seu quadro de profissionais, assim como para a busca de novos patamares de atuação.
Dentro deste contexto, é gratificante observar que a maioria dos artigos publicados na presente edição da TMM é fruto da interação entre os meios acadêmico e industrial. Cobrindo tópicos bastante diversos, que abrangem processos, produtos e aplicações em diferentes áreas, a revista ilustra o potencial já existente em nosso setor para contribuir com a nova política industrial do país.