Tecnologia em Metalurgia, Materiais e Mineração
https://tecnologiammm.com.br/article/doi/10.4322/tmm.2012.031
Tecnologia em Metalurgia, Materiais e Mineração
Artigo Original

AVALIAÇÃO DA CORROSÃO EM REGIÃO SOLDADA E NO METAL BASE DE TUBO API 5L X80 EM MEIO CONTENDO SULFETO DE HIDROGÊNIO

EVALUATION OF CORROSION IN WELD REGION AND BASE METAL OF API 5L X80 PIPE IN MEDIUM CONTAINING HYDROGEN SULPHIDE

Armendro, Bruno Nagle; Ramírez, Mario Fernando G.; Goldenstein, Hélio; Alonso-Falleiros, Neusa

Downloads: 0
Views: 920

Resumo

Este trabalho compara a resistência à corrosão do metal base (MB) e da região do cordão de solda (RCS) de um tubo API 5L X80, em solução aquosa de ácido acético (CH3COOH) 0,5% em massa, em três condições: naturalmente aerado, desaerado e desaerado contendo sulfeto de hidrogênio (H2S). Emprega-se o método de polarização linear para a obtenção da Resistência de Polarização (Rp), que permite comparar a resistência à corrosão nas diferentes condições. Os resultados mostram que o MB e a RCS praticamente não apresentam variação da Rp com o tempo de imersão (até 8 horas). Tanto o MB quanto a RCS apresentam maior resistência à corrosão para a condição desaerada, seguida da condição desaerada com H2S e naturalmente aerada; isso se explica devido ao papel do oxigênio nas reações catódicas que ocorrem no meio e mostra que o H2S pode acelerar levemente a corrosão. Independentemente da condição de aeração, a RCS sempre apresenta maior resistência à corrosão que o MB; provavelmente isso se deve à presença de elementos de liga na composição química do cordão de solda. A morfologia de corrosão foi examinada em microscópio óptico (MO), mostrando que o ataque é uniforme.

Palavras-chave

Sulfeto de hidrogênio, Tubo API, Corrosão, Solda

Abstract

The objective of this study is to compare the corrosion resistance of the base metal (MB) and weld region (RCS) of a X80 pipeline in three types of aqueous solution of acetic acid (CH3COOH) 0,5% by weight: naturally aerated, non-aerated and non-aerated with H2S. Linear polarization is employed for it determinates Polarization Resistance (Rp) which allows comparing the corrosion resistance of steel in different conditions. The results show that Rp practically does not change with the immersion time (until 8 hours), for both regions. The two regions have higher Rp in non-aerated aqueous solution, intermediate Rp in non-aerated with H2S and lower Rp in naturally aerated; this is due the effect of oxygen in cathodic reactions and shows that H2S can accelerate slightly the corrosion. The RCS has greater Rp than the MB for any aeration conditions. The presence of alloying elements in RCS justifies this behavior. The morphology of corrosion was examined under an optical microscope (MO) and shows that uniform corrosion is predominant.

Keywords

Hydrogen sulphide, API pipe, Corrosion, Weld

Referências

1 FERNANDES, F.; SANTOS, E. M. Reflexões sobre a história da matriz energética brasileira e sua importância para a definição de novas estratégias para o gás. 2004. Disponível em: Acesso em: 18 dez. 2010.

2 Maior gasoduto do Brasil foi inaugurado por Lula. Jornal de Angola, 28 mar. 2010. Disponível em: Acesso em: 18 dez. 2010.

3 SANTOS, S. P. Sistema de gestão de logística de transporte de gás natural por gasodutos. 2008. 101 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Departamento de Engenharia Industrial, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2008. Disponível em: Acesso em: 18 dez. 2010.

4 INFOMET. Aços microligados – ARBL – de alta resistência e baixa liga. Disponível em: Acesso em: 21 dez. 2010.

5 HIPPERT JÚNIOR, E. Investigação experimental do comportamento dúctil de aços API X70 e aplicação de curvas de resistência J-Δa para previsão de colapsos em dutos. 2004. 167 p. Tese (Doutorado em Engenharia Naval e Oceânica) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004. Disponível em: Acesso em: 21 dez. 2010.

6 NATURALGAS.ORG. What is natural gas? Disponível em: Acesso em: 18 dez. 2010.

7 MIGLIACCIO, R. I. et al. Aspectos da corrosão de um aço alta resistência baixa liga em presença de sulfeto. In: RIO OIL & GAS EXPO AND CONFERENCE 2010, Rio de Janeiro. [S.l.: s.n.], 2010.

8 WOLYNEC, S. Técnicas eletroquímicas em corrosão. São Paulo: Edusp, 2003.

9 NACE INTERNATIONAL. NACE Standard TM0177-2005. Laboratory testing of metals for resistance to sulfide stress cracking and stress corrosion cracking in H2S environments. Houston, 2005.

10 KRAUSS, G.; THOMPSON, S. W. Ferritic microstructures in continuously cooled low – and ultralow – carbon steels. ISIJ International, v. 35, n. 8, p. 937-45, 1995.

11 GONZÁLEZ RAMÍREZ, M. F. Estudo da transformação durante o resfriamento contínuo e da microestrutura do aço microligado X80 utilizado na construção de tubos para transporte de gás natural e petróleo. 2008. 158 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Metalúrgica e de Materiais) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008. Disponível em: Acesso em: 26 mar. 2011.

12 GODET, S.; GEORGES, C.; JACQUES, P. J. On the austenite retention in low alloy steels. In: SYMPOSIUM ON AUSTENITE FORMATION AND DECOMPOSITION, 2003, Chicago, IL. Austenite formation and decomposition. Metals Park: Iron & Steel Society, 2003. p. 523-36.

13 POOLE, S. W.; FRANKLIN, J. E. High-strength structural and high-strength low-alloy steels. In: AMERICAN SOCIETY FOR METALS. Metals handbook. Metals Park, 1990. (Properties and selection: irons, steels and high performance alloys, v. 1).

14 CLEARLY H. J.; GREENE N. D. Corrosion properties of iron and steel. Corrosion Science, v. 7, n. 12, p. 821-31, 1967.

588696977f8c9dd9008b45e6 tmm Articles
Links & Downloads

Tecnol. Metal. Mater. Min.

Share this page
Page Sections